·Resumo
A maior parte das línguas europeias começaram a ser gramatizadas nos séculos XV/XVI, fruto em grande parte, do contexto do humanismo renascentista. No entanto, esta é uma realidade que abrangeu, sobretudo, as línguas oficiais das nações da Europa, tendo ficado de parte, muitas outras, as quais ou eram desconhecidas ou não lhes era atribuído o devido estatuto. Este trabalho tem como objeto de estudo um pequeno conjunto de gramáticas do mirandês, uma língua minoritária do extremo nordeste de Portugal, que emergiram nos finais do século XIX e início do século XX. Procura-se aqui indagar os fatores que motivam a escrita destas gramáticas, bem como o tipo de construção a que elas obedecem. Uma das grandes conclusões é que elas, de facto, emergem do pensamento histórico-comparatista sobre a língua, ainda que, na maior parte dos casos, sejam estruturadas de acordo com os princípios e categorias que são seguidos na composição das gramáticas das suas metalínguas. |
·Abstract
Most of the european languages built their text grammars in the fifteenth / sixteenth centuries, as a result of the humanist though. However, this is a reality which covered, above all, the official languages of the nations of Europe, leaving aside, many others, which either were unknown or were not given the proper status. This work has, as object of study, a small set of grammars of Miranda’s language, a minority language of the extreme northeast of Portugal, that emerged in the late nineteenth and early twentieth century. We aim to investigate the factors that motivate the writing of these grammars, as well as the type of construction that they obey. One of the biggest conclusions is that, in fact, they emerge due to the historical-comparative paradigme, although in most cases they are structured according to the principles and categories, followed in the composition of the grammars of their metalanguages. |